- RAQUITISMO
- PUBERDADE PRECOCE
- PROSTATITE
- PANHIPOPITUITARISMO
- OSTEOPOROSE (TEXTO 02)
- OSTEOPOROSE (TEXTO 01)
- OSTEOMALÁCIA
- OBESIDADE
- NEOPLASIA MALIGNA DO PÂNCREAS
- NANISMO HIPOFISÁRIO
- MENOPAUSA
- MENINGITES
- LITÍASE
- INSULINOMA
- HIV- SIDA
- HISTOPLASMOSE
- HIRSUTISMO
- HIPOTIREOIDISMO CONGÊNITO
- HIPOTIREOIDISMO ADQUIRIDO
- HIPOPARATIREOIDISMO
Os nódulos tireoidianos palpáveis ocorrem em 5 a 7% da população, mas cerca de 50% dos nódulos diagnosticados pela ultra-sonografia não são detectados ao exame clínico. Além disso, aproximadamente um quarto dos nódulos inicialmente tidos como únicos são nódulos dominantes de uma glândula multinodular.
Os nódulos são 4 vezes mais freqüentes no sexo feminino e após os 40 anos. Podem ter várias causas, sendo a mais frequente o nódulo colóide. Outras causas de nódulos são, por exemplo, o adenoma folicular (que deve ser diferenciado do carcinoma folicular), as tireoidites e os cistos tireoidianos. O carcinoma corresponde a 5% dos nódulos palpáveis.Evans TC. Thyroid diseases. Prim Care, 2003; 30 (4): 625-40.
Welker MJ, Orlov D. Thyroid nodules. Am Fam Physician, 2003; 67 (3): 559-66.
REFERÊNCIA(S) NA INTERNET
A puberdade precoce (PP) é definida pelo surgimento de caracteres sexuais secundários antes dos 8 anos nas meninas e dos 9 anos nos meninos. Clinicamente é reconhecida pela avaliação mamária nas meninas e pelo volume testicular nos meninos, seguindo os critérios de Tanner.
É classificada em central (completa ou verdadeira ) ou periférica (incompleta), se existir ativação hipotálamo-hipofisária do eixo gonadotrófico ou não. As causas da PP central são: constitucional, idiopática, distúrbios do SNC e pós-período de exposição a androgênios. As causas de PP periférica são várias, mas todas estão relacionadas a excesso circulante de andrógenos, estradiol ou gonadotrofinas (LH, hCG), exceto o hipotireoidismo.
A PP central pode ser diferenciada da periférica por baixos níveis de LH / FSH nas causas periféricas e pelo teste de GnRH, que mostra valores púberes na PP central e pré-púberes na PP periférica. Exceção à regra são os raros tumores produtores de gonadotrofinas, que são causa periférica, porém apresentam altos níveis de LH ou hCG basais.
A investigação laboratorial deve ser complementada por exames de imagem direcionados à suspeita clínica, na maioria dos casos.Willians textbook of endocrinology, 10th ed, 2003. ,Puberdede Precoce. Arq Bras Endocrinol e Metab, 2001, vol.45, n.4.
REFERÊNCIA(S) NA INTERNET
Prostatites são processos inflamatórios da próstata, de causa infecciosa ou não, que se apresentam com sinais de disúria, dor pélvica baixa crônica e outras apresentações. Embora relativamente pouco diagnosticada, esta é uma condição clínica emergente, dada sua relativamente alta incidência populacional, cujo diagnóstico vem sendo facilitado pelas técnicas de Biologia Molecular. As principais apresentações são: prostatite bacteriana aguda, prostatites bacteriana crônica, prostatite não-bacteriana e prostatodinia. Pacientes com infecção prostática documentada são associados a diagnóstico de prostatite bacteriana (crônica ou aguda), pacientes sem comprovação bacteriana são identificados com prostatite não-bacteriana, e pacientes com queixas prostáticas sem sinais inflamatórios prostáticos são identificados com o quadro de prostatodinia. A investigação destes quadros deve ser feita no contexto clínico, de imagem (especialmente com o uso de US prostático), e de laboratório, neste caso, lançando mão de procedimentos para caracterização de agente etiológico e localização de processo infeccioso (p. ex. técnica dos três frascos). Os principais agentes infecciosos relacionados são enterobactérias, Pseudomonas spp, Staphylococcus spp, Chlamydia trachomatis, Ureaplasma urealyticum e Mycoplasma spp.
1. Krieger J N, Egan K J, Ross So, Jacobs R, Berger R: Chronic Pelvic Pains Represent The Most Prominent Urogenital Symptoms Of "Chronic Prostatitis". Urology 1996, 48: 715-22
2. Person Be, Ronquest G: Evidence Form A Mechanistic Association Between Nonbacterial Prostatitis And Levels Of Urate And Creatinine In Expressed Prostatic Secretion. J Urol 1996, 155:958-60.
3. Martins ACP, Suaid HJ, Cologna AJ. Prostatites. Prostatites. em Guia prático de urologia / editores Donard Augusto Bendhack, Ronaldo Damião. -- 1. ed. -- Rio de Janeiro : SBU – Sociedade Brasileira de Urologia ; São Paulo : BG Cultural, 1999.
REFERÊNCIA(S) NA INTERNET
A síndrome clínica é caracterizada pela deficiência de hormônios hipofisários, podendo ser total ou parcial. Pode ser de origem hipofisária ou secundária à disfunção hipotalâmica.
O quadro clínico é relacionado ao tempo de doença, idade e sexo. Pode-se ter sintomas compressivos (cefaléia por distensão da dura-mater ou HIC, alteração de campo visual por compressão do quiasma e paralisia de nervos periféricos) e hormonais dependentes da extensão tumoral, compressão e destruição de celulas hipofisárias não tumorais.
As alterações hormonais decorrentes da falta de produção podem ser associadas a:
- deficiência de ACTH - quadro clínico: fraqueza, fadiga, anorexia, perda de peso, dor abdominal, palidez, perda de pêlos, febre, náuseas, vômitos, desidratação;
- deficiência de TSH - quadro clínico: fadiga, ganho de peso, intolerância ao frio, obstipação, bradicardia, lentificação de reflexos, pele seca e astenia;
- deficiência de LH e FSH - quadro clínico no homem de impotência sexual, perda da libido, infertilidade, redução de massa e força muscular, astenia, atrofia testicular, ginecomastia e redução do ejaculado e na mulher de oligomenorréia ou amenorréia, atrofia mamária, dispareunia, osteoporose e infertilidade.,Crianças: retardo puberal e de desenvolvimento;
- deficiência de GH - em crianças: baixa estatura, diminuição da velocidade de crescimento, micropênis, hipoglicemia, hipotrofia muscular, lipodistrofia abdominal e em adultos: alteração da composição corporal, redução de massa muscular, aumento de gordura abdominal, DLP, aterogênese, depressão, osteoporose, menor capacidade para o exercício, maior taxa de mortalidade cardiovascula;
- deficiência de hormônio antidiurético: diabetes insipidus, manifestado clinicamente por poliúria e polidipsia - lesão em neurohipófise ou haste;
- deficiência de prolactina: manifesta-se como parada da lactação, por exemplo, em pacientes com Síndrome de Sheehan (hemorragia hipofisária pós-parto). A avaliação do panhipopituitarismo implica solicitação de testes da função dos hormônios hipofisários (megateste) e exames de imagem para localização de lesões responsáveis pelo funcionamento inadequado da glândula.Antonini SR, Rosa FLF, Marui S, Carvalho LRSC et al. Hipopituitarismo. In: Antunes-Rodrigues J, Moreira AC, Elias LLE, Castro M. Neuroendocrinologia básica e aplicada . Guanabara Koogan, 2005, p.456-483.
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A osteoporose é uma doença caracterizada por redução da massa e deterioracão da microarquitetura do osso, com conseqüente aumento da fragilidade óssea e susceptibilidade a fraturas; pode se desenvolver devido a vários fatores, incluindo: constitucionais, etários, genéticos, hormonais, estilo de vida e doenças.
Classifica-se a osteoporose de acordo com o processo fisiopatológico subjacente. A osteoporose primária refere-se ao processo que resulta da perda óssea relacionada à menopausa, nas mulheres, ou à idade, em ambos os sexos. Na osteoporose pós-menopausa ocorre aumento da reabsorção óssea por diminuição dos níveis de estradiol, o que leva a aumento da secreção de citocinas, estímulo dos osteoclastos e perda óssea. Na osteoporose senil ocorre diminuição da formação óssea, decorrente do processo de envelhecimento.
A osteoporose secundária resulta da perda óssea causada ou exacerbada por doenças ou medicações. Suspeita-se desta forma, quando ocorre em:
- mulheres pré-menopausa;
- homens com idade inferior a 70 anos;
- em ambos os sexos quando (1) há história de fraturas após trauma mínimo, principalmente se em jovens, (2) na ausência de fatores de risco ocorre com doenças sabidamente associadas a osteoporose e (3) piora de osteoporose previamente diagnosticada em paciente em tratamento.A investigação laboratorial visa estabelecer o diagnóstico diferencial entre osteoporose primária e secundária, de modo a selecionar o tratamento adequado a cada condição.
Os principais fatores de risco para osteoporose são: sexo feminino, hipogonadismo primário/secundário, amenorréia primária/secundária, Índice de Massa Corpórea <19 kg/m2 em paciente > 25 anos, etnia caucasiana ou oriental, idade > 65/70 anos, história familiar, menopausa precoce e nuliparidade.
Entre as doenças que cursam com perda de massa óssea pode-se incluir o hiperparatireoidismo, hipertireoidismo, deficiência de hormônio de crescimento, hipercortisolismo, hiprerprolactinemia, acromegalia, anorexia nervosa, síndromes de má-absorção, doença hepática ou renal, pós-gastrectomia, doenças do colágeno, neoplasias, hemocromatose. Outras situações clínicas como o tabagismo, alcoolismo, consumo excessivo de cafeína, sedentarismo/imobilização, dieta pobre em cálcio; dieta pobre em vitamina D ou pouca exposição ao sol, história de fratura prévia, fratura de fêmur em familiar de primeiro grau, uso de medicações glicocorticóides, hormônios tireoidianos, anticonvulsivantes (fenitoína, carbamazepina, fenobarbital), heparina, ciclosporina A, análogos do GnRH, agentes antiretrovirais, quimioterapia levando a hipogonadismo, excesso de vitamina A, excesso de vitamina D, metorexate, furosemida, medicamentos que aumentam prolactina (metoclopramida, antidepressivos, lítio) podem estar associadas à osteoporose.Becker C. Clinical evaluation for osteoporosis. Clinics in Geriatric Medicine, 2003, 19 (2): 299-320.
Brown JP, Josse RC. Clinical practice guidelines for the diagnosis and management of osteoporosis in Canada. Canadian Med Assoc J, 2002, 16
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A osteoporose é uma doença caracterizada por redução da massa e deterioracão da microarquitetura do osso, com conseqüente aumento da fragilidade óssea e susceptibilidade a fraturas; pode se desenvolver devido a vários fatores, incluindo: constitucionais, etários, genéticos, hormonais, estilo de vida e doenças.
Classifica-se a osteoporose de acordo com o processo fisiopatológico subjacente. A osteoporose primária refere-se ao processo que resulta da perda óssea relacionada à menopausa, nas mulheres, ou à idade, em ambos os sexos. Na osteoporose pós-menopausa ocorre aumento da reabsorção óssea por diminuição dos níveis de estradiol, o que leva a aumento da secreção de citocinas, estímulo dos osteoclastos e perda óssea. Na osteoporose senil ocorre diminuição da formação óssea, decorrente do processo de envelhecimento.
A osteoporose secundária resulta da perda óssea causada ou exacerbada por doenças ou medicações. Suspeita-se desta forma, quando ocorre em:
- mulheres pré-menopausa;
- homens com idade inferior a 70 anos;
- em ambos os sexos quando (1) há história de fraturas após trauma mínimo, principalmente se em jovens, (2) na ausência de fatores de risco ocorre com doenças sabidamente associadas a osteoporose e (3) piora de osteoporose previamente diagnosticada em paciente em tratamento.A investigação laboratorial visa estabelecer o diagnóstico diferencial entre osteoporose primária e secundária, de modo a selecionar o tratamento adequado a cada condição.
Os principais fatores de risco para osteoporose são: sexo feminino, hipogonadismo primário/secundário, amenorréia primária/secundária, Índice de Massa Corpórea <19 kg/m2 em paciente > 25 anos, etnia caucasiana ou oriental, idade > 65/70 anos, história familiar, menopausa precoce e nuliparidade.
Entre as doenças que cursam com perda de massa óssea pode-se incluir o hiperparatireoidismo, hipertireoidismo, deficiência de hormônio de crescimento, hipercortisolismo, hiprerprolactinemia, acromegalia, anorexia nervosa, síndromes de má-absorção, doença hepática ou renal, pós-gastrectomia, doenças do colágeno, neoplasias, hemocromatose. Outras situações clínicas como o tabagismo, alcoolismo, consumo excessivo de cafeína, sedentarismo/imobilização, dieta pobre em cálcio; dieta pobre em vitamina D ou pouca exposição ao sol, história de fratura prévia, fratura de fêmur em familiar de primeiro grau, uso de medicações glicocorticóides, hormônios tireoidianos, anticonvulsivantes (fenitoína, carbamazepina, fenobarbital), heparina, ciclosporina A, análogos do GnRH, agentes antiretrovirais, quimioterapia levando a hipogonadismo, excesso de vitamina A, excesso de vitamina D, metorexate, furosemida, medicamentos que aumentam prolactina (metoclopramida, antidepressivos, lítio) podem estar associadas à osteoporose.Becker C. Clinical evaluation for osteoporosis. Clinics in Geriatric Medicine, 2003, 19 (2): 299-320.
Brown JP, Josse RC. Clinical practice guidelines for the diagnosis and management of osteoporosis in Canada. Canadian Med Assoc J, 2002, 16
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A osteomalácia é um defeito de mineralização óssea que ocorre após o término do crescimento (fechamento das placas epifisárias). Há comprometimento do osso cortical e trabecular, com acúmulo de osteóide não-mineralizado.
Nos adultos, as manifestações clínicas da osteomalácia costumam ser mais insidiosas. As deformidades esqueléticas podem passar desapercebidas, as manifestações dos distúrbios subjacentes podem predominar, como, por exemplo, a deficiência de vitamina D na doença celíaca do adulto. Os sintomas, quando presentes, incluem dor óssea difusa e hipersensibilidade óssea. A dor em torno dos quadris pode resultar em marcha antálgica. A fraqueza muscular pode ser difícil de distinguir da hesitação em fazer movimentos, devido à dor esquelética. A fraqueza proximal pode simular a das miopatias primárias e contribuir para a marcha anserina. Podem ocorrer fraturas dos ossos afetados com traumatismos mínimos. Quando as costelas estão afetadas, pode haver deformidades intensas do gradil torácico, e o colapso dos corpos vertebrais pode produzir perda da altura.
As principais causas são: deficiência de cálcio (baixa ingestão, síndromes de má-absorção), deficiência de vitamina D (exposição ao sol diminuída, sindromes de má-absorção, vitamina D insuficiente na dieta, hepatopatias crônicas, uso de anticonvulsivantes, insuficiência renal crônica, acidose sistêmica e causas genéticas dependente de vitamina D tipo I, dependente de vitamina D tipo II ou resistente à vitamina D e defeitos da proteína transportadora da vitamina D) e deficiência de fosfato ( perda renal, síndromes de má-absorção, medicamentos, hipofosfatemia ligada ao cromossomo X, hipofosfatemia autossômica recessiva ou dominante, hipofosfatemia com hipercalciúria)Liberman UA. Disorders in vitamin D action.www.endotext.org. Cap.8. Jan, 2003
Akeno N, Saikatsu S, Kawane T, and Horiuchi N. Mouse vitamin D-24 hydroxylase molecular cloning, tissue distribution, a transcriptional regulation by 1(, 25-hydroxy
REFERÊNCIA(S) NA INTERNET
Os tumores endócrinos do pâncreas têm incidência de 5 casos por milhão de habitantes e representam 15% dos tumores pancreáticos, sendo a maior parte maligna. Originam-se de células epiteliais ductais multipotenciais e podem secretar vários hormônios e neuropeptídeos. Os mais freqüentes são os produtores de insulina, glucagon e gastrina. Mais raramente produzem peptídeo intestinal vasoativo (VIP), hormônio adrenocorticotrófico (ACTH), hormônio liberador do GH (GHRH), proteína relacionada ao paratormônio (PTHrp), serotonina e calcitonina. Já foram relatados, também, casos de produção de neurotensina, hormônio lutrinizante (LH), pro-opiomelanocortina, grelina e outros hormônios peptídicos. De 40 a 50 % deles são não funcionantes.
Freqüentemente o tumor é assintomático até atingir um volume considerável e, quando diagnosticado, já apresenta metástases, pois nem sempre liberam hormônios ou, mesmo nos que liberam, a produção hormonal pode ser vairável.
Podem fazer parte da Neoplasia Endócrina Múltipla (NEM I), na qual também pode haver hiperplasia de paratireóides e hiperplasia ou tumor da hipófise anterior; e da síndrome de Von Hippel-Lindau, que cursa com múltiplos, sendo os mais freqüentes: hemangioblastomas em cérebro, medula e retina, feocromocitoma, cisot e tumores renais.
Além das alterações hormonais, que podem ser encontradas em metade dos casos, os métodos de imagem são importantes para a localização destes tumores.Doherty GM. Pancreatic endocrine tumors. Probl Gen Surg, 2003, 20: 112-24.
Fjällskog ML, Janson ET. Treatment of pancreatic endocrine tumors. Acta Oncol, 2005, 44(4): 329-38.
Simon P, Spilcke-Liss E, Wallaschofski H. Endocrine tumors
REFERÊNCIA(S) NA INTERNET
Os tumores endócrinos do pâncreas têm incidência de 5 casos por milhão de habitantes e representam 15% dos tumores pancreáticos, sendo a maior parte maligna. Originam-se de células epiteliais ductais multipotenciais e podem secretar vários hormônios e neuropeptídeos. Os mais freqüentes são os produtores de insulina, glucagon e gastrina. Mais raramente produzem peptídeo intestinal vasoativo (VIP), hormônio adrenocorticotrófico (ACTH), hormônio liberador do GH (GHRH), proteína relacionada ao paratormônio (PTHrp), serotonina e calcitonina. Já foram relatados, também, casos de produção de neurotensina, hormônio lutrinizante (LH), pro-opiomelanocortina, grelina e outros hormônios peptídicos. De 40 a 50 % deles são não funcionantes.
Freqüentemente o tumor é assintomático até atingir um volume considerável e, quando diagnosticado, já apresenta metástases, pois nem sempre liberam hormônios ou, mesmo nos que liberam, a produção hormonal pode ser vairável.
Podem fazer parte da Neoplasia Endócrina Múltipla (NEM I), na qual também pode haver hiperplasia de paratireóides e hiperplasia ou tumor da hipófise anterior; e da síndrome de Von Hippel-Lindau, que cursa com múltiplos, sendo os mais freqüentes: hemangioblastomas em cérebro, medula e retina, feocromocitoma, cisot e tumores renais.
Além das alterações hormonais, que podem ser encontradas em metade dos casos, os métodos de imagem são importantes para a localização destes tumores.Doherty GM. Pancreatic endocrine tumors. Probl Gen Surg, 2003, 20: 112-24.
Fjällskog ML, Janson ET. Treatment of pancreatic endocrine tumors. Acta Oncol, 2005, 44(4): 329-38.
Simon P, Spilcke-Liss E, Wallaschofski H. Endocrine tumors
REFERÊNCIA(S) NA INTERNET
O aspecto clínico relevante é a baixa estatura. Geralmente, a baixa estatura importante (abaixo de 2 desvios-padrão da média) e uma baixa velocidade de crescimento).
REFERÊNCIA(S) NA INTERNET
A menopausa é definida como o episódio final de sangramento menstrual da mulher. Todavia, o termo costuma ser utilizado para referir-se ao período do climatério feminino, que abrange a fase da transição entre os anos reprodutivos e o último episódio de sangramento menstrual. Durante este período ocorre a perda gradual, porém progressiva, da função ovariana bem como uma variedade de alterações endócrinas somáticas e psicológicas.
REFERÊNCIA(S) NA INTERNET
Meningite é uma infecção das meninges (membranas que recobrem o cérebro) por elementos patogênicos como: vírus, bactérias, fungos ou protozoários. A meningite pode estar associada a um quadro infeccioso respiratório, viral ou bacteriano, como por exemplo, otites, amigdalites, trauma cranioencefálico (microorganismos presentes na cavidade nasal podem adentrar a cavidade craniana e contaminar as meninges). Indivíduos imunossuprimidos são mais susceptíveis à doença, principalmente quando a meningite for desencadeada por fungos ou protozoários. Clinicamente o paciente pode apresentar cefaléia intensa, vômitos, náuseas e certo grau de confusão mental. Também há sinais gerais de quadro infeccioso, incluindo febre alta, mal-estar e até agitação psicomotora. A tradicional "rigidez de nuca", é um sinal clássico de irritação meníngea. O diagnóstico em crianças torna-se mais difícil, pois não há queixa de cefaléia e sintomas de irritação meníngea podem não ser evidenciados. Em crianças, os achados mais freqüentes são: febre, irritabilidade, prostração, vômitos, convulsões e até abaulamento de fontanelas. O diagnóstico é realizado pela anamnese e exame físico do paciente. A confirmação diagnóstica das meningites é feita pelo exame do líquor, a coleta é realizada pelo médico, através de uma punção lombar. Exames de imagem, sobretudo a tomografia de crânio, não são exames de escolha para o diagnóstico das meningites, mas são indicados quando há alteração focal no exame neurológico, ou se há sinais de hipertensão intracraniana (dor de cabeça, vômitos e confusão mental), ou crises convulsivas, no início do quadro, sem sinais infecciosos gerais.
1. BONTHIUS, D. J. ; KARACAY, B. Meningitis and encephalitis in children. An update. Neurol.Clin., v. 20, n. 4, p. 1013-1vii, 2002.
2. EL, B. H.; LAUNDY, M.;BOOY, R. Diagnosis and treatment of bacterial meningitis. Arch.Dis.Child, v. 88, n. 7, p. 615-620, 2003.
3. ZIMMERLI, W. Acute bacterial meningitis: time for a better outcome. Intensive Care Med., v. 29, n. 11, p. 1868-1870, 2003.
REFERÊNCIA(S) NA INTERNET
Cálculos renais podem ser formados por uma variedade de causas. As principais causas são de origem metabólica, mas é possível a formação de cálculos em situações pós-infecciosas ou por exposição a medicamentos. É previsto que boa parte da população mundial terá pelo menos um episódio de expulsão de cálculos. Em geral os homens são mais acometido do que as mulheres. Pacientes que apresentam quadros de repetição ou crianças podem merecer avaliação mais detalhada no sentido de conhecer a(s) causa(s) da formação destes cálculos, eventualmente indicando tratamentos efetivos. Assim, as investigações de pacientes formadores de cálculos pode incluir análise do cálculo (que permite o primeiro importante dado investigativo). A partir deste dado, podem se fazer outras análises para estabelecer o diagnóstico com mais precisão. Uma das mais importantes causas de nefrolitíase é a hipocitratúria, situação que pode ser corrigida pela suplementação de citrato de potássio ao paciente. Outras causas comuns incluem: hipernatriúria, hipercalciúria (por vários mecanismos), hiperuricemia, acidose tubular renal, cistinúria e outros. Nestes casos é importante a avaliação de nefrologista.
1. Dussol B, Berlan Y. Urinary Kidney Stone Inhibitors. What Is the New? Urol Int 1998;60:69-73
2. Liang BA, Mange KC, Aradhye S, Wasserstein AG. Management and Prevention of Nephrolithiasis. Hospital Physician February 1999, 22-37
3. Griffin DG. A review of the heritability of idiopathic nephrolithiasis. J Clin Pathol. 2004 Aug;57(8):793-6.
REFERÊNCIA(S) NA INTERNET
O insulinoma consiste em tumor pancreático que secreta insulina com conseqüente diminuição dos valores de glicose no sangue. É um tumor raro, que acomete todas a faixas etárias, com incidência estimada em 4casos/milhão de pessoas/ano e predomínio no sexo feminino (cerca de 60% dos casos). Consiste em causa curável de hipoglicemia e é potencialmente letal. Cerca de 10% dos tumores são múltiplos e cerca de 10% são malignos, diagnóstico este que só pode ser estabelecido com certeza na presença de metástases, em especial, para fígado e linfonodos regionais. Em geral, têm ocorrência esporádica (95% dos casos), mas podem ser encontrados também em pacientes com neoplasia endócrina múltipla (MEN) tipo 1.
A característica clínica fundamental do insulinoma é a hipoglicemia de jejum. Desta forma, a hipoglicemia é mais freqüente pela manhã, depois do jejum noturno. A hipoglicemia pode se apresentar com cefaléia, nervosismo, sensação de fome, tremores, palpitação, sudorese fria, confusão mental, alterações visuais, fraqueza muscular, alterações de comportamento e até mesmo perda da consciência, convulsão e coma.
Como os nívies absolutos de insulina não estão sempre aumentados em todos os pacientes com insulinoma, uma dosagem normal de insulina não afasta a doença. Níveis de insulina em jejum acima de 24 um/mL, entretanto, são encontrados em aproximadamente metade dos pacientes com insulinoma.
A abordagem inicial mais recomendada atualmente para confirmar a hiperinsulinemia como causa da hipoglicemia consiste na determinação simultânea de glicose e insulina no momento da crise e, se possível, recomenda-se incluir também a determinação do peptídeo C, pró-insulina e sulfuniluréias, objetivando o diagnóstico diferencial entre o insulinoma e a hipoglicemia factíia, uma das principais causas de hipoglicemia.
Níveis de insulina acima de 7mU/mL na presença de níveis de glicose abaixo de 40mg/dL ou uma relação insulina(um/mL)/glicose(mg/dL).
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O vírus da imunodeficiência humana (HIV) é isolado de casos de síndrome de imunodeficiência adquirida (AIDS), doença que se caracteriza por uma progressiva e fatal deterioração do sistema imune. Associados à infecção HIV ocorrem doenças oportunistas (pneumocistose, toxoplasmose, candidíase), neoplasias (sarcoma de Kaposi, linfomas B) e complexo demencial.
O vírus entra no organismo na forma livre ou através de células infectadas; é transmitido por via sexual, produtos sangüíneos e aleitamento, dando início ao processo patogênico que resultará em morte a longo prazo do indivíduo. Na viremia inicial, poucas semanas após a infecção, há replicação de vírus com uma só especialidade, embora a população de vírus doador seja antigenicamente heterogênea. Aparecem mutantes e esta população passa a dominar na fase tardia da infecção. A resposta de anticorpos ocorre quando a viremia inicial diminui e o quadro persiste até o aparecimento da doença. Anticorpos são neutralizantes do agente infeccioso, havendo forte correlação entre essa atividade e a habilidade de bloquear a interação entre gp 120/160 e CD4.
O vírus pertence ao gênero Lentivirus, da família Retroviridae. Após a penetração na célula por fusão com a membrana, o core viral se desintegra e o HIV transcreve o seu RNA em DNA através da transcriptase reversa. O DNA viral pode permanecer no citoplasma ou integrar-se ao genoma da célula, sob forma de pró-vírus, latente por tempo variável, replicando toda vez que a célula entra em divisão. A acumulação destas partículas no citoplasma tem sido associada à morte celular isolada. A união das proteínas virais e genoma para formação de virion se dá no citoplasma, liberando-se por brotamento através de fusão com a membrana celular. O processo patológico ocorre especialmente pela ação do HIV nos linfócitos T CD4+, essenciais na elicitação de respostas imunes eficazes. Assim, os pacientes soropositivos que desenvolvem a síndrome tornam-se mais suscetíveis a processos infecciosos e neoplásicos, entre outros. A contaminação pelovírus ocorre por via parenteral, contato com fluidos corporais celulares (leite, sangue, semen, etc) com portas de entrada abertas (feridas ou ulceras). Testes laboratoriais são importantes no estabelecimento do diagnóstico (normalmente pela demonstração de anticorpos específicos), e no seguimento do tratamento, pela quantificação de carga viral e subpopulações linfocitárias, e no seguimento de perfis de resistência aos antivirais.
1. Clavel F, Hance AJ: HIV drug resistance. N Engl J Med 2004 Mar 4; 350(10): 1023-35
2. Green WC: The molecular biology of human immunodeficiency virus type I infection. N Engl J Med 1991; 324: 308-316
3. Stebbing J, Gazzard B, Douek DC: Where does HIV live?. N Engl J Med 2004 Apr 29; 350(18): 1872-80
REFERÊNCIA(S) NA INTERNET
A histoplasmose é infecção (micose sistêmica) causada pelo fungo termo dimórfico Histoplasma capsulatum e o seu habitat natural é o solo enriquecido com excrementos de pássaros, morcegos e galinhas. A infecção é iniciada após inalação de microconídios sendo como regra de curso assintomático ou autolimitado, podendo resultar em variedade de manifestações clínicas: histoplasmose pulmonar aguda, histoplasmose pulmonar crônica e histoplasmose disseminada. Todas as manifestações clínicas simulam tuberculose, sendo imprescindível o diagnóstico etiológico através de exames laboratoriais próprios. O diagnóstico de Histoplasmose é feito pelo isolamento e identificação de H. Capsulatum. Devido ao diminuto tamanho (2-4µm de diâmetro) da apresentação tecidual do fungo e à semelhança com outros elementos fúngicos leveduriformes, bem como outras estruturas não fúngicas, o diagnóstico definitivo é fornecido pelo isolamento em cultivo.Técnicas sorológicas podem também auxiliar no diagnóstico.
1.CANO, M. V. ; HAJJEH, R. A. The epidemiology of histoplasmosis: a review. Semin.Respir.Infect., v. 16, n. 2, p. 109-118, 2001.
2. JOHNSON, P. C.; HAMILL, R. J.;SAROSI, G. A. Clinical review: progressive disseminated histoplasmosis in the AIDS patient. Semin.Respir.Infect., v. 4, n. 2, p. 139-146, 1989.
3.WHEAT, J. Histoplasmosis: recognition and treatment. Clin.Infect.Dis., v. 19 Suppl 1, p. S19-S27, 1994.
4.UNIS, G.;SILVA,V.B.;SEVERO,L.C.: Histoplasma disseminada e SIDA. Importância do meio de cultivo para o espécime clínico-broncoscópico. Rev. Soc. Bras. Med. Trop.37(3)234-237,2004.
REFERÊNCIA(S) NA INTERNET
Hirsutismo é o excesso de pêlos terminais (grossos, longos e pigmentados) em áreas androgênio-dependentes (face, tórax, abdome, face interna da coxa, períneo, região lombossacra e região glútea) na mulher. É causado basicamente por um excesso de andrógenos e, nos casos ditos "idiopáticos", por aumento da atividade da enzima 5 alfa-redutase, com conseqüente aumento da sensibilidade à testosterona. O excesso de andrógenos tem origem no aumento da produção ovariana ou adrenal, ou na maior disponibilidade de testosterona livre (não ligada à sua principal proteína carreadora: SHBG).
A síndrome dos ovários policísticos representa a principal causa de excesso de andrógenos ovarianos; outras causas incluem: hipertecose, tumor ovariano e luteoma gestacional. A Hiperplasia Congênita Supra-renal é a causa mais comum do excesso de andrógenos adrenal; outras causas incluem a síndrome de Cushing e o tumor adrenal.
Redução da SHBG, com conseqüente aumento de testosterona livre, ocorre na acromegalia, corticoterapia, hipotireoidismo e obesidade. Outras causas de hirsutismo: uso exógeno de andrógenos, medicamentos (ex: danazol, metirapona, progestogênios 19-norestéroides) e prolactinoma.
O quadro clínico é composto pelo aumento de pêlos, muitas vezes associado a irregularidade menstrual. Sinais de virilização (alopécia, clitoromegalia, atrofia de mama, aumento da massa muscular e alteração da voz) são indicativos de altas concentrações de andrógenos e sugerem causa tumoral.
O hiperandrogenismo pode estar associado à resistência à insulina. Na investigação, são necessários exames hormonais e de imagem direcionados aos ovários e adrenais, principalmente.Greenspan. Basic and Clinical Endocrinology. 7th edition. Cap 13. Vilar, Lúcio. Endocrinologia Clínica. 3 ed. Cap 62.
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O hipotireoidismo congênito tem incidência de 1/3500-4000 recém-nascidos e é a causa mais freqüente de retardo mental que, porém, pode ser prevenido. As principais causas são:
Primário - corresponde a 90% dos casos, com as seguintes causas principais:
1) disgenesia (com tireóide ectópica ou eutópica, mas hipoplástica em ambos os casos) ou agenesia tireoidianas: geralmente são esporádicas, sendo que 2/3 deles têm alguma quantidade de tecido tireoidiano e podem apresentar alteração clínica, ou mesmo a laboratorial, mais tardiamente ;
2) disormonogênese: resulta de mutações nos genes envolvidos na produção do hormônio tireoidiano. Pode ocorrer resistência da célula folicular ao hormônio tireoidiano, falência no transporte de iodo para a célula, defeito na organificação do iodo por diminuição da atividade ou função da peroxidase, síndrome de Pendred (defeito de organificação, mas com atividade da peroxidase normal), defeito na síntese da tireoglobulina ou defeito na iodotirosina desiodinase.
A apresentação clínica do hipotireoidismo congênito depende da severidade da disfunção tireoidiana, que é variável. Laboratorialmente, as formas primárias caracterizam-se por tiroxina (T4) baixa e hormônio estimulador da tireóide (TSH) elevado. Quando há agenesia tireoidiana, a tireoglobulina é indetectável no sangue.
Central: corresponde a 5 a 10% dos casos. Pode ser isolada ou ocorrer associada à deficiência de outros hormônios hipofisários devido a defeitos da linha média, interrupção da haste hipofisária, sela vazia e ectopia ou hipoplasia hipofisária. Mutações genéticas podem levar a ambas as formas, que também podem ocorrer de forma esporádica. Pode mostrar alterações clínicas de panhipopituitrismo, ou apenas da deficiência isolada de TSH. Laboratorialmente, observa-se T4 baixo com TSH normal ou baixo. O diagnóstico desta forma é importante para o tratamento, já que havendo deficiência concomitante de hormônio adrenocorticotrófico (ACTH) a reposição com corticosteróide deverá preceder a de hormônio tireoidiano.
Resistência ao hormônio tireoidiano: é uma causa rara e pode ser generalizada, periférica ou hipofisária, sendo que as duas primeiras, podem cursar com hipotireoidismo, ser sub-clínicas ou, ainda, assintomáticas. O achado laboratorial típico é de T4 elevado com TSH normal ou alto e aumento de resposta ao hormônio liberador do TSH (TRH).
Causas transitórias: responsáveis por 5 a 10% dos casos de hipotireoidismo neonatal. Cursam com T4 baixo e TSH alto em nível variável. Geralmente ocorre devido à passagem transplacentária de medicação antitireoidiana ou de anticorpos bloqueadores do receptor do TSH, quando a mãe tem doença tireoidiana auto-imune. Em áreas onde ainda há deficiência de iodo, esta também é uma causa transitória a ser levada em consideração.
O diagnóstico diferencial mais importante do hipotireoidismo congênito é com a deficiência de globulina transportadora de tiroxina (TBG), que cursa com T4 baixo, TSH normal e TBG baixa, não havendo disfunção tireoidiana.Eugster EA, LeMay D, Zerin JM, Pescovitz OH. Definitive diagnosis in children with congenital hypothyroidism. J Pediatr, 2004; 144 (5): 643-7.
MacGillivray MH. Congenital hypothyroidism. In: Pescovitz OH & Augster EA. Pediatric Endocrinolog
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O hipotireoidismo pode ser definido como insuficiência de hormônios tireoidianos nos tecidos alvo. A forma adquirida mais freqüente, tanto em adultos como em crianças, é o hipo primário, ocorrendo mais no sexo feminino, após os 40 anos. Destes, a causa mais comum é a doença auto-imune tireoidiana, na qual a destruição do tecido tireoidiano, com substituição por tecido fibroso é o achado comum, observando-se anticorpos anti peroxidase tireoidiana (antiTPO) positivos.
O hipotireoidismo primário, na fase clínica, cursa com hormônios tireoidianos baixos e hormônio estimulator da tireóide (TSH) elevado.
Hipotireoidismo secundário e terciário são menos freqüentes e as causas adquiridas devem-se, principalmente, a lesões do eixo-hipotálamo-hipofisário, por cirurgias nesta região, doenças granulomatosas, acidentes, etc. Como, às vezes, é difícil o diagnóstico diferencial, são também mencionados como hipotireoidismo central. Cursam com hormônios tireoidianos baixos, já o TSH pode estar baixo, normal, ou algo elevado (devido à secreção de TSH anômalo).
O diagnóstico diferencial deve ser feito com alterações hormonais, sem disfunção tireoidiana, como pode ocorrer com uso de medicamentos a na síndorme do eutiroeidiano doente, e com causas congênitas de hipotireoidismo, de manifestação tardia.Evans TC. Thyroid diseases. Prim Care, 2003; 30 (4): 625-40.
Wiersinga WM. Adult Hypothyroidism. In: De Groot L, Hennemann G. Thyroid disease manager. www.thyroidmanager.org (consulta em 22/04/2006).
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O hipoparatireoidismo é uma doença relacionada à deficiência de ação do paratormônio (PTH) por diminuição da sua secreção ou resistência às suas ações nos órgãos alvo, podendo o PTH, nesta última situação, estar inclusive aumentado. São várias as causas, genéticas ou adquiridas. Pode ocorrer de forma esporádica ou familiar, isolada ou não. Os sinais e sintomas, agudos ou crônicos, estão relacionados à hipocalcemia e às síndromes/patologias que cursam com/causam o hipoparatireoidismo.
Dentre as causas de hipoparatireoidismo associadas a diminuição do PTH destacam-se: pós-operarório, autoimunes, agenesia/hipoplasia das paratireóides ( PT), hipocalcemia hipercalciúrica autossômica dominante, associado a doenças metabólicas/ infiltrativas/granulomatosas, neuromiopatias, pós-irradiação de região cervical ou dose terapêutica com I 131 para doenças tireoidianas.
O pseudohipoparatireoidismo caracteriza-se por resistênca ao PTH, cursando com hipocalcemia, hiperfosfatemia e aumento do PTH, não havendo resposta de tecidos alvo ao hormônio. Portanto, existe um estado de hipoparatireoidismo, apesar do PTH aumentado.
As manifestações específicas do hipoparatireoidismo, bem como das síndromes de resistência ao PTH, estão basicamente relacionadas à hipocalcemia. Os demais sinais e sintomas são devidos à doença subjacente ou associada. Podem ocorrer irritabilidade neuromuscular, parestesias periorais, na língua e extremidades, cãibras, dolorimento muscular, fadiga, convulsões, tetania, laringo e broncoespasmo, sinais de Trousseau e Chvostek, alterações neuropsiquiátricas, pele seca, dermatite exfoliativa, eczema, unhas frágeis, cabelos espessos, alopecia, alterações do esmalte dos dentes, aumento da incidência de cáries, retardo da erupção dentária, disfagia, dor abdominal, diarréia, catarata, ceratopatia em banda, papiledema, cardiomiopatia, insuficiência cardíaca, aumento do intervalo QT ao ECG, arritmias ventriculares, entre outros. Os sinais e sintomas são dependentes da intensidade e da instalação aguda ou crônica da hipocalcemia.
No diagnóstico diferencial devem ser lembradas outras patologias que causam hipocalcemia, como alterações do metabolismo da vitamina D, perda aumentada de cálcio e síndrome da "fome óssea", que pode ocorrer após cirurgia para hiperparatireoidismo.Arlt W et al. Well-being, mood and calcium homeostasis in patients with hypoparathyroidism receiving standard treatment with calcium and vitamin D. Eur J Endocrinol, 2002, 146 (2): 215-22.
Goswami R et al. Prevalence of calcium sensing recep
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